sábado, 3 de dezembro de 2011

Destinos Traçados






Cap.1 – O olhar
Estados Unidos da América, Nova York, Manhattan. O dia estava frio, era princípio de inverno, em um dos prédios dessa linda cidade estava eu, apreciando as pessoas a passarem. Aí desculpa, eu não me apresentei! Cabeça a minha me chamo Selena, não sou a cantora, quem me dera que fosse, mas não. Sou apenas uma rapariga comum, sonhadora e em busca de seu príncipe encantado. Estamos nessa cidade para estudarmos a faculdade, digo, estamos porque não estou só, estou com minha melhor amiga, ela se chama Shania, ambas sonhamos em nos tornar estilistas famosas, por isso viemos para cá. O apartamento é simples mas muito confortável, e agente deixou do nosso jeito. Ah e falando nela ela acabou de entrar.

_ Falando sozinha Selly?
_ Eu? Imagina… estava aqui com meus pensamentos! Então comprou?
Aproximando-se entusiasmada Shania, vem até minha direcção, ela foi enfrentar o frio lá fora atrás de chocolate. Você deve estar confuso! Eu explico, é uma mania que agente tem de comer chocolate enquanto assiste DVD – Sorrindo – Shania pulando o sofá se juntando a mim, o DVD já estava no leitor. Era um filme romântico, uma comédia romântica, ele falava de uma jovem que se apaixona por um homem bem bonito, mas que a magoa, e ela foge para outra cidade e lá ela conhece outro Gato, mas este por sinal é mulherengo, e confesso que estou louca para saber com quem ela fica. O filme se intitula Destinos Traçados. Ah e logo a noite agente tem um encontro com a galera da faculdade, num dos bares mais badalados da cidade, eu por mim ficava aqui sonhando, mas Shania diz que é importante agente conhecer novas pessoas. Aí gente me desculpa porque agora vou ver meu filme.

Manhattan tribunal federal

Klark Manfredy estava defendendo mais um caso complexo. O julgamento estava bem encaminhado a seu favor, ele estava seguro e confiante como sempre. Os jurados estavam reunidos e só estavam aguardando a sentença do juiz. Mas tudo indicava que Klark havia ganho mais esse caso. É sobre negligência médica.

_ Fique calmo Dr. Freddy, com os argumentos e com o testemunho de Sarah a enfermeira, o juiz vai considerar-te inocente – Diz, ele confiante, confiando no bom desempenho prestado no tribunal.
_ Eu confio em você, Klark – Segurando em sua mão

Nesta feita os jurados regressam com a sentença, que logo é entregue ao juiz. Ele começa ler a sentença.

_ Pelas leis, e todos os factos aqui avaliados, esse tribunal considera o réu inocente.
Levando ao rubro o tribunal todo, aplausos e abraços são distribuídos. Todo mundo parabenizando a eficácia e a eficiência de Klark que se manteve sempre firme do princípio ao fim. E Dr. Freddy abraça-o, alegre e aliviado.

_ Muito obrigado – com lágrimas nos olhos - muito obrigado, eu não sei como agradecer…
_ De nada, eu não fiz mais do que minha obrigação, afinal de contas o Sr. É inocente
Mais uma vez ele abraça seu herói salvador. E chega a seu encontro George, seu melhor amigo, já a saída da sala.

_ Parabéns, mais um caso ganho…
_ Obrigado – sorrindo - mas nada mais do que minha obrigação…
_ Ah cara! Modéstia, a essa altura do campeonato! Isso merece uma comemoração
_ Não sei…
_ Nada disso, dessa vez você não me escapa, vou te pegar a casa as 9! E a noite hoje será nossa…agente vai ao Sunshine Club… agente vai se divertir a Bessa.
_ Meu Deus, eu mereço mesmo!
_ Dessa vez você não me escapa Klark Manfredy…
 A saída do tribunal fotógrafos, e jornalistas vem prestigiar mais uma vitória na carreira de Klark Manfredy.

De noite, as amigas se preparam, para arrasar na noite, Shania como sempre estava num exagero, uma maquilhagem forte e chamativa e um vestido bem curto tomara que caia, preto e botas pretas. Por cima colocando uma manta em pelos de onça, por causa do frio. Selena optou por algo mais simples, um vestido até ao joelho, azul-escuro, sandálias em salto alto, cabelo solto, e uma maquilhagem bem leve.

Chegando ao Club, Shania já se exibindo, desfilava, para ver se é notada, mas os rapazes só prestavam atenção a elegância e simplicidade de Selena, coisa que matava Shania por dentro. Por isso ela pede que fôssemos ao bar.

Nesse instante entram também Klark e George, os dois elegantíssimos, e Shania sentada no bar num lugar privilegiado a entrada.

_ Amiga! Para tudo! Gelei!
_ O que foi? Perguntei eu sem perceber
_ Olha só na entrada!
Eu sem dar muita bandeira, olho discretamente mas sem querer meu olhar se cruza com o de Klark, e eu sinto meu corpo arrepiar, com aqueles olhos azuis e sedutores.

Porque será?

Sentimento de Culpa

   Matt Damon estava feliz por ter abandonado a vida do crime e por está vivendo legalmente. Feliz por ter reconstruído uma família. Sua mulher e seu filho eram tudo que ele tinha. Os amavam mais que tudo, e seria capaz de fazer qualquer coisa por eles. Sua vida estava tranqüila. Mas isso tudo estava prestes a mudar. Matt recebeu um telefonema estranho. O pegou, e depois atendeu:
- Alô! – ninguém respondeu – Alô? É melhor responder logo. Não tenho tempo para brincadeiras.
- Eu não brinco! Pensou que eu iria te deixar em paz, Matt. Eu voltei, e desta vez para terminar o que comecei!
   Robert tinha voltado para infernizar novamente a vida do Matt. Robert matou sua ex-mulher, e era capaz de matar de novo todos que Matt amava: seu filho e sua mulher. Não poderia deixar que isso acontecesse. Sua única alternativa era deixá-los. Se Robert poderia ferir alguém, esse alguém teria que ser Matt. Sua mulher sabia como era sua vida de antigamente. Entendeu o motivo, mas não queria deixá-lo ir. Matt se despediu de seu filho. Era difícil deixá-lo. Beijou sua mulher, e teve a impressão que tinha a beijado pela última vez. Era difícil, mas tinha que deixá-los. Matt continuou a receber ameaças. Uma semana depois teve a pior ameaça de todas.
- O que você estava pensando? Que eu não iria encontrá-lo? Que eu vou deixar você em paz? – perguntou Robert.
- Você já acabou com a minha vida! O que você quer mais?
- Sua vida! A vida da sua família! Ter os deixado não foi a melhor solução. Você não deveria ter feito isso.
  Desta vez Matt ficou com receio. Parecia ser uma ameaça. Ficava se perguntando em quando isso iria acabar. Nunca? Foi à casa da sua família se certificar se estava tudo bem. Viu dois homens saírem de lá correndo. Matt ficou assustado, e jurou se alguma coisa tivesse acontecido com eles, iria matá-los, mesmo que isso destruísse sua vida. Não havia nada mais importante que seu filho e sua mulher. Passou correndo entre os carros. Correndo o risco de ser atropelado. Gritava o nome de sua mulher enquanto os procuravam em todos os cômodos. Quando entrou em seu quarto sentiu uma dor no coração. Eles estavam no chão. Mortos! Seu filho estava abraçado à mãe.
- Diana! Meu amor, eu te amo! Diana? Diana?
- Eu... Eu... Te amo! –Foram suas ultimas palavras, e Matt começou a chorar.
  Todos estavam mortos. Todos que os amou estavam mortos. Matt sentia culpa. Jurou matá-los. E desta vez não havia mais nada que pudesse impedi-lo de fazer isso. Voltaria para a vida do crime? Matt não queria, mas se fosse preciso continuaria até o fim. Se não fizesse isso, jamais teria paz.  Voltou a falar com os antigos contados: os criminosos. Os piores deles! Ninguém sabia do paradeiro do Robert. Mas havia um homem que poderia ajudá-lo. O homem considerado o braço direito do Robert. Carlos nunca gostou do Robert. Devia muito a Robert, e se não ficasse ao teu lado iria morrer. Carlos estava disposto a ajudá-lo. Encontraram-se a noite em um lugar abandonado.
- Por que você marcou esse encontro? – Pergunta Matt.
- Soube que você está à procura do Robert. Quero te ajudar!
- Como posso saber se você está falando a verdade? Como posso confiar em um homem que é o braço direito do Robert?
- Não posso te falar. Apenas confie em mim.
   Não havia alternativa ao não ser confiar. Arriscaria tudo. Tudo! Ficaram marcando o local aonde iriam se encontrar.
- Encontre-nos amanhã à noite. No galpão abandonado.
   Matt já estava impaciente, e muito ansioso para chegar a hora. Preparou tudo para o dia seguinte. Parecia novamente a pessoa que era antigamente. As 11h Robert chega ao galpão. Matt já estava lá... A sua espera. Pronto para fazer o que devia ter feito antes. Entraram no galpão. Estava escuro. Silencioso. Robert ficou sozinho. Estava na hora de agir.
- Olá, Robert! Acho que chegou na hora do acerto de contas. – Falou, enquanto apontava uma arma em direção da sua cabeça.
- Antes você era mais esperto, Matt. Eu que mandei o Carlos ir atrás de você. E pelo visto funcionou. – Falou enquanto ria do Matt.
   Robert tirou uma arma de trás do blazer. Atirou na perna do Matt apenas para assustá-lo. Queria fazer coisa pior. Torturá-lo, talvez. Robert ainda estava com a arma apontada para o Matt, com o gatilho quase a pressionar. Deitado no chão, Matt estava prestes a reagir. De repente um tiro foi disparado! Matt estava morto? Seu plano deu errado? Robert caiu de joelhos. Seu blazer já estava ensanguentado.
- Por pouco você não seria morto! – murmurou Carlos.
- O que fez você mudar de idéia? Por que você voltou?
- Eu não mudei de idéia. Sabia o que estava fazendo desde o inicio.
    Matt estava livre. Livre do Robert, não da sua consciência. Deveria estar feliz, mas estava infeliz. Poderia reconstruir sua vida novamente sem ninguém para lhe atrapalhar.  Mas apenas pensava em sua família, e no sentimento de culpa.
                                                                                                                                         (Monise Gabriely)